Mesa Pra Quatro

Da Queda da União Soviética até as plataformas de streaming: novo episódio de Mesa Pra Quatro com Pedro Bial traz assuntos variados

O consagrado jornalista, escritor e apresentador Pedro Bial conta os bastidores das coberturas de acontecimentos histórico e também fala sobre sua relação com o dinheiro – onde investe e como gasta

Por Melissa Bumaschny Charchat

29 mar 2022, 16:08

Pedro Bial é jornalista, escritor e apresentador e sua trajetória no contexto do telejornalismo brasileiro é densa e marcante. Tendo apresentado diversos programas, entre os quais o telejornal Fantástico e o reality show Big Brother Brasil, Bial já cobriu eventos históricos de alta relevância como a Guerra do Golfo, o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. No episódio #32 do Mesa Pra Quatro, ele compartilha suas experiências e revela suas preferências de investimentos.

“O ideal de prosperidade para qualquer um é não precisar pensar em dinheiro, o que é quase impossível, ou então muito improvável”, comenta Bial. Ele afirma, no entanto, que é possível não olhar para o dinheiro com uma preocupação constante. Nesse sentido, ele fala: “A beleza do pensamento humano é o pensamento a longo prazo”. Para ele, o dinheiro deve ser visto como uma semente, assumindo o objetivo de gerar mais dinheiro.

Contudo, ele ressalta que começou a poupar dinheiro somente chegando aos 50 anos. “Isso não precisa ser uma obsessão. É importante ter uma segurança de que eu não vou ficar na sarjeta quando ficar velho e vou poder prover e participar de coisas em que eu acredito, seja por prioridade aos meus filhos e às pessoas que dependem diretamente de mim, mas também por outras coisas como filantropia, investimento social, etc”, afirma.

No podcast, Bial falou sobre a distinção entre desigualdade e pobreza, ao ser questionado questionando por que a primeira mobiliza mais. “Você mobiliza muitas pessoas quando fala de desigualdade. Mas você não mobiliza muitas pessoas quando o assunto é a luta contra a pobreza. Como se o sentimento da inveja fosse muito mais mobilizador do que o da compaixão”, lamenta.

Vida de jornalista: coberturas marcantes

O jornalista também compartilha suas experiências cobrindo importantes eventos históricos, sendo um deles o colapso da União Soviética com a queda de Gorbachov. “No dia 24 de dezembro de 1991, eu estava ao vivo interrompendo um show do Roberto Carlos para falar que a União Soviética tinha acabado. Este foi, sem dúvida nenhuma, o apogeu da minha vida profissional”, comenta Bial.

“O que mais me impressiona é como bastou dar a liberdade de expressão que nada ficou de pé”, analisa Bial. “Quando os russos começaram a ler o que havia realmente acontecido no país, isso desmoralizou aquela autoridade. Eles perderam o medo”, explica. 

Quanto ao Brasil, Bial comenta que a discussão em torno da liberdade de expressão tem ganhado proporções complexas e que o exercício desta, por sua vez, é trivial e é inaceitável que profissionais da comunicação se coloquem favoráveis à censura. 

Voltando os holofotes ao contexto da televisão, Bial compartilha um problema que ele observa hoje na TV aberta. “Está tudo ficando muito parecido”, lamenta. Ele afirma, porém, que cada vez mais pessoas capacitadas têm ingressado profissionalmente no universo televisivo e a ascensão das plataformas de streaming possibilita uma maior acesso aos conteúdos produzidos nesse meio, como é o caso do Globoplay, da TV Globo.

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero, é integrante da equipe de conteúdo da Empiricus e já atuou em social media e redação.

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