Mesa Pra Quatro
Ganhando dinheiro com risadas: Fábio Porchat é o convidado do Mesa Pra Quatro
No último episódio do Mesa Pra Quatro, Fábio Porchat compartilha sua trajetória e experiências, bem como sua relação com o dinheiro, sem economizar no carisma e humor. Confira os principais destaques
Às vésperas de se completarem 10 anos da criação do canal no YouTube “Porta dos Fundos”, do qual foi um dos fundadores, Fábio Porchat compartilha seu gosto por investir em ações sociais e experiências, fala sobre as recentes polêmicas em que esteve envolvido e conta sobre um episódio inusitado que viveu na Estônia, entre outros assuntos.
Fábio Porchat é ator, diretor, dublador, produtor, roteirista, humorista e apresentador de televisão. No episódio #34 do podcast Mesa Pra Quatro, Caio Mesquita, CEO da Empiricus; Dan Stulbach, ator e apresentador; e Teco Medina, consultor financero, o convidam para um bate-papo.
Gerenciamento de crise e gestão de imagem
Porchat explica que mantém sua própria empresa, encarregada de administrar sua imagem e sua carreira, além de promover ações sociais. Nela, ele possui uma equipe de 10 pessoas que, junto a ele, são responsáveis por realizar essa organização.
Visto isso, Dan Stulbach questiona qual foi a reação diante da recente polêmica envolvendo a censura do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, no qual Porchat assume um papel importante, inclusive na cena que teria gerado o debate.
“Nesses tipos de crise, em que não foi algo que eu pessoalmente falei, mas sim de um personagem que eu interpretei, nós preferimos esperar e ver até onde vai, porque vários assuntos morrem rapidamente. Normalmente, o tempo costuma ser de 4 dias de turbulência até que passe”, explica Porchat.
No caso do filme, ele conta que a repercussão se espalhou muito, principalmente entre um grupo específico politicamente enviesado, mas seguiu o mesmo padrão. “A partir do quarto dia, normalmente a rede de apoio cresce com maior força e depois de cerca de 6 dias em média, o assunto acaba passando. Foi o que aconteceu”, afirma.
Fábio também compartilha seu forte apego com seus fãs e, nesse contexto, conta um episódio que ocorreu quando viajou à Estônia. Lá, ele foi reconhecido por um casal de fãs brasileiros com quem jantou num restaurante e que o convidou para fazer um show de stand-up para um pequeno público de brasileiros no dia seguinte. “Quando eu vi, eu estava fazendo um show de stand-up para 30 brasileiros na Estônia”, conta.
Porta dos Fundos: o canal de comédia que virou um grande negócio
O canal no Youtube “Porta dos Fundos”, uma das ferramentas que alavancou a carreira de Porchat, está próximo de completar 10 anos de história, e o ator fala sobre essa trajetória tão significativa.
“O humor que queríamos fazer estava fora dos padrões da TV na época e por isso acabamos recorrendo à internet. Nós achávamos que o humor passado na TV era muito velho, em todos os sentidos, e nossa ideia também não foi acatada nesse meio por ser considerada um humor muito restrito. Nunca pensamos que poderíamos viralizar e que realmente ganharíamos dinheiro no Youtube”, conta Fábio.
“Nosso humor falava do dia a dia, de política e de outros assuntos que não costumavam ser abordados nesse contexto, como racismo, machismo, religião. O que nós fizemos foi inverter os papéis, rindo justamente daqueles que praticam tudo isso ao invés de rir das minorias, como era feito antigamente”, explica o humorista.
Ele conta que, com essas características, o canal não só se manteve durante esses 10 anos, como cresceu muito. “Hoje, o Porta tem mais views do que nunca teve e ganha mais dinheiro do que nunca ganhou”, destaca.
Ele comenta ainda que a compra do canal pelo serviço de streaming Paramount permitiu um salto na sua atuação e na conquista do público.
Tapa de Will Smith e o humor atualmente: quais os supostos limites?
Outro ponto abordado é a polêmica envolvendo Will Smith no Oscar, colocando em questão quais os limites do humor. “O comediante tende a rir de extremos, aquilo que foge do padrão, por exemplo, o ‘muito gordo’, o ‘muito magro’ ou o ‘muito alto’. Agora, muitas pessoas começaram a questionar piadas de cunho preconceituoso, com razão”, constata Porchat.
Contudo, no caso do Will, ele considera que, embora muitas piadas sejam inadequadas ou possam fazer algumas pessoas se sentirem ofendidas, é preciso tomar cuidado com o “não pode”, e a agressão física realizada por ele foi um grande erro. Ele explica que, em sua concepção, é proibido fazer piada somente com aquilo que a constituição afirma ser proibido.
Organização financeira e investimentos: como Porchat usa seu dinheiro
“Eu gasto meu dinheiro com experiências”, comenta Porchat, afirmando não ser uma pessoa interessada em manter muito dinheiro em propriedades. Ele afirma, também, que não tem conhecimento ou grandes interesses na área de finanças e, por isso, terceiriza o manejo do seu dinheiro para pessoas de confiança.
“Eu sempre tive uma relação muito desprendida com o dinheiro, mesmo antes de ter”, conta. Ele compartilha, também, que prefere dividir seus ganhos com seus familiares e pessoas que ama do que guardar para si. “Se um dia eu perder tudo, essas pessoas estarão do meu lado e eu terei vivido todas essas experiências”.
Ainda sobre suas finanças, ele divide que tem muito gosto por promover ações sociais: “Na minha empresa, temos um ramo destinado exclusivamente para investir e fazer parcerias de cunho social grandes, porque percebi que ao profissionalizar isso eu poderia ajudar muito mais gente”.
Vem aí: o que está no ar e quais os projetos futuros
Concluindo, Porchat compartilha seus projetos que estão por vir. No momento, ele está em cartaz com seu novo show de stand-up, “Histórias do Porchat”, o qual realizará em vários estados do Brasil.
Além disso, seu programa “Que História É Essa, Porchat?” é transmitido todas as terças-feiras na GNT e quartas-feiras na Globo e o programa “Papo de Segunda”, às segundas-feiras. Já o canal Porta dos Fundos disponibiliza novos vídeos todas as segundas, quintas e sábados.
Sobre o autor
Melissa Bumaschny Charchat