“Não tive herança nem nada. Apenas uma boa formação, que meus pais decidiram me dar”, conta Bob Wolfenson, entrevistado do Mesa pra Quatro #7

Em em conversa para o podcast Mesa pra Quatro, Dan Stulbach, Teco Medina e Caio Mesquita, conversam sobre dinheiro e carreira com Bob Wolfenson, ícone da fotografia brasileira

Por Letícia Flávia Pinheiro

02 ago 2021, 13:00

No último episódio do podcast Mesa pra Quatro, o ator Dan Stulbach, o consultor financeiro Teco Medina e o CEO da Empiricus Caio Mesquita se reúnem para conversar sobre finanças, apertos e experiências com Bob Wolfenson, um dos fotógrafos mais aclamados do país.

Wolfenson é uma das referências nacionais como retratista, fotógrafo de nus e de moda, e completa 50 anos de carreira em 2021. Ele já trabalhou para veículos como Folha de S. Paulo, Elle, Vogue e até mesmo Playboy. 

Durante o podcast, o fotógrafo conta um pouco de sua história: como decidiu embarcar nessa profissão, quais foram os principais desafios da sua jornada, o que foi necessário para alcançar o sucesso e histórias engraçadas dos bastidores da fotografia. Dê o play abaixo para escutar na íntegra: 

Ser fotógrafo… Mas você vai viver de que? 

Bob Wolfenson, um dos maiores fotógrafos do Brasil, conta que não escolheu a profissão por amor, mas sim, por necessidade. A história é a seguinte: tudo começou quando o pai dele morreu. Na época, o menino tinha apenas 15 anos, e diante da situação, precisou trabalhar. 

O primeiro emprego que arrumou foi em um estúdio fotográfico, na Editora Abril. “A fotografia como vocação só surgiu para mim depois de uns dez anos já trabalhando com aquilo”, explica. 

Wolfenson até chegou a cursar ciências sociais na USP, mas largou depois de quatro anos para se dedicar exclusivamente à fotografia. 

“Ser fotógrafo é uma profissão muito alternativa. Consegui sobreviver muito bem até hoje, sempre com meu trabalho. Não tive herança, não tive nada. Apenas uma boa formação, que meus pais insistiram em me dar”, diz Bob Wolfenson

Hoje, o fotógrafo transita entre seus projetos artísticos e a publicidade, e confessa que não conseguiria se sustentar sem seus trabalhos comerciais. “Eu, pessoalmente, não sobreviveria sem a fotografia comercial. Mas Sebastião Salgado vive apenas da fotografia artística, por exemplo”. 

O que levou o fotógrafo a conquistar seu patrimônio? 

O ponto de virada da carreira de Wolfenson foi quando ele arriscou ir para Nova York com o objetivo de ganhar experiência. Pouco tempo depois de chegar na Big Apple, Bob mandou cartas para os cinco maiores fotógrafos americanos, na cara e na coragem. Um deles – Bill King – o chamou para ser seu assistente em um dos mais famosos estúdios de fotografia da cidade, repleto de célebres artistas. 

Quando cheguei lá, eu não era ninguém. E fui humilde, porque tinha que aprender não só fotografia, mas também “how to run the business” (como tocar o negócio, em tradução livre). Foi uma experiência muito rica que mudou minha vida”, conta Bob Wolfenson no episódio do Mesa pra Quatro

Ao voltar para o Brasil, Bob foi reconhecido pelo seu trabalho e, de certa forma, ganhou os holofotes para a fotografia de celebridades no Brasil. A partir daí, ele foi conquistando seu patrimônio, sem se planejar muito. 

Por exemplo, Bob começou a construir uma casa mesmo sem ter o dinheiro necessário para aquilo. A estratégia? Foi trabalhando para poder pagar. “Meu método era trabalhar para conseguir realizar as coisas que eu queria”, conta. 

Durante o podcast, ele conta que usou boa parte do seu dinheiro para comprar imóveis. E essa decisão não partiu de uma visão de investindo, mas sim por vontade e utilidade. Hoje, ele faria se planejaria melhor em suas decisões.

“Não me arrependo de nada. Só não posso dar conselhos financeiros para ninguém”, brinca Bob. 

Quer saber mais? No Mesa pra Quatro, Bob conta como era trabalhar na Playboy, histórias de leilões e onde está o dinheiro no mundo da arte. Recomendo escutar. Para ouvir o podcast na íntegra, basta clicar aqui ou apertar o play abaixo:

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e redatora do Grupo Empiricus

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