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Analisando OIBR3: quem compra é irresponsável?

Vocês pediram e a gente atendeu: OIBR3 vale a pena? É isso que Henrique Florentino, analista da Empiricus, te explica no vídeo de hoje.

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16 dez 2020, 02:14

Para começar, é preciso entender um pouco mais sobre a história da companhia.

Fundada em 1998 a partir da privatização da Tele Norte Leste (16 concessões de telefonia fixa da Telebrás), em 2008 fundiu com a Brasil Telecom com o ideal de ser uma campeã nacional de telefonia fixa. Porém, quase ninguém usava mais telefone fixo, aumentando a dívida da companhia de 12 para 21 bilhões de reais. Em 2013 a empresa se juntou com a Portugal Telecom e com a Unitel (famosa empresa de telecomunicação de Angola), trazendo ainda mais problemas. 

Esse mix de acontecimentos gerou o maior pedido de recuperação judicial que o Brasil já havia visto até o ano de 2017.

Mas e aí, quem indica Oi (OIBR3) é irresponsável? Para ter essa resposta precisamos analisar os números da empresa. A forma mais simples para isso é somar os ativos, subtrair os ativos e chegar em um valor chamado de: valor de liquidação.

Vamos começar pelos ativos (que atualmente estão sendo avaliados à mercado):
(+) Torres: vendida no valor de 1 bilhão de reais;
(+) Centro de processamento de dados: vendido por 325 milhões de reais;
(+) Telefonia móvel: acabou de ser comprado por Tim, Claro e Vivo pelo valor de 16,5 bilhões de reais;
(+) Fibra: será leiloada no início de 2021;
(+) Client CO – carteira de clientes e serviços: vale 5,6 bilhões de reais.

Agora, descontando os passivos:
(-) Dívida líquida: 21,2 bilhões de reais;
(-) Atualização de divida: 2 bilhões de reais;
(-) Queima de caixa em 2021 (a empresa está em fase de investimentos da Fibra com o objetivo de ganho de mercado, mas como a base ainda não é tão grande, não existe caixa o suficiente para gerar lucro perante aos investimentos): 5 bilhões de reais.

Fazendo as contas, chegamos no VALOR DE LIQUIDAÇÃO de 20, 2 bilhões de reais, ou R$3,39 por ação.

E aqui entra uma observação: o segmento de Fibra está gerando especulações de que terá muita demanda e disputa pelos concorrentes. Esse segmento negocia a 15x o seu Ebtida (geração de caixa operacional), portanto, cada uma vez que essa participação da Oi for vendida, pode resultar em certa de 30 centavos no valor das ações.

Olhando todo esse cenário, Oi (OIBR3) é uma boa empresa para se investir? Henrique dá a resposta e diz que sim. É uma ação em situação especial, que tem risco elevado, mas grandes chances de retornos exponenciais.

E para saber mais 11 ações que se encontram na mesma situação da Oi (OIBR3), conheça já a série de Henrique Florentino, Ações Exponenciais: https://emprc.us/PybUt9

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