No balanço do grupo Iguatemi (IGTA3) referente ao segundo trimestre de 2021, já aparecem efeitos da aceleração da vacinação e da retomada da economia.
Com participação em 14 shopping centers, 2 outlets e 3 torres comerciais, o grupo tem perspectivas positivas.
O analista da Empiricus Fernando Ferrer comentou os principais pontos do resultado trimestral da companhia. Vale a pena você conferir.
Desempenho do Iguatemi no 2T21
Com as restrições severas ao setor de varejo em 2020, grande parte das operações da rede Iguatemi foram paralisadas. Apenas no primeiro semestre de 2021, o setor começou a reaquecer e os resultados apresentados pela empresa exemplificam isso.
As vendas totalizaram R$ 2,7 bilhões, representando um aumento de 354% em relação ao 2T20, quando os shoppings estavam quase todos fechados. Porém, em comparação com o 2T19, houve uma queda de 17%. Atribui-se essa diminuição à parcela das áreas de alimentação e lazer, que ainda enfrentam muitas restrições, enquanto que o campo da moda e acessórios estão em um patamar mais próximo de 2019.
Em relação às vendas nas mesmas lojas (SSS, do inglês, sales same-stores), houve uma recuperação no segundo tri deste ano sobre igual periodo de 2020, porém, ainda com queda de 15 pontos percentuais em relação à 2019. Já o aluguel das mesmas lojas (SSR, do inglês, same-stores rent) subiu 3%, pois mesmo com a crise, o portfólio do grupo tem conseguido repassar aluguéis. Essa subida é um ótimo indicativo, muito melhor do que demais shoppings concorrentes do Iguatemi.
O grupo ainda atingiu uma receita líquida de R$ 170 milhões, com alta de 6% em relação a 2020 e uma queda de 9% de 2019. Quanto ao lucro líquido, R$ 279 milhões, superando a receita. Esse valor representa uma alta de 500 pontos percentuais da receita de 2020 e ainda um crescimento de 364% da receita de 2019. Esse resultado surpreendente é consequência do IPO da Infracommerce (IFCM3), cujo grupo tem uma participação importante e resultou num lucro robusto.
Ações da IGTA3: compra ou venda?
Para Fernanda Ferrer, é importante que o investidor fique de olho em algumas mudanças na rede, pensando no médio e longo prazo, que serão importantes para decolar as ações.
Reabertura:
Ainda existem desafios que o shopping precisa superar para voltar a sua normalidade de funcionamento. Com o avanço da vacinação e redução das restrições, espera-se uma liberação gradual da capacidade de utilização de áreas como cinema e praça de alimentação, que ainda não estão sendo totalmente utilizadas.
Iguatemi 365:
A plataforma de e-commerce desenvolvida pelo grupo pode trazer bons frutos. Hoje, ela conta com um portfólio de 400 marcas, um pipeline de entregas em todo o Brasil e ainda estão sendo desenvolvidas novas funcionalidades para melhorar o serviço para o cliente e aumentar a fidelização. Além disso, players importantes do setor avaliam a iniciativa em mais de R$ 500 milhões, o que pode ser um gatilho para destravar valor para a companhia.
Reestruturação societária:
O grupo saiu da estrutura de holding Jereissati-Iguatemi para se tornar uma unidade, em que a família Jereissati controla mais de 68%. Essa reestruturação deve produzir novas avenidas de crescimento, novos negócios e até M&As – um ponto chave.
Mais de 50% dos shoppings estão na mão de famílias ou pequenos empresários, sendo ainda um nicho bem fragmentado. Há, portanto, uma grande possibilidade do Iguatemi se favorecer desse movimento para futuras fusões e aquisições.
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