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COE é mais uma forma de acessar outros mercados como as Bolsas americanas, segundo analista

Com alta volatilidade no cenário doméstico, Bolsas americanas seguem como alternativas de diversificação da carteira no médio a longo prazo

Por Equipe Empiricus

21 fev 2022, 15:27

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) tornou-se um investimento de grande popularidade entre as instituições financeiras. Ele funciona como um pacote no qual se combina ativos de renda fixa e de renda variável e que dá acesso a novos mercados.

Segundo o analista de investimentos da Empiricus, Matheus Spiess, com os COEs, os investidores podem captar ganhos com os índices de ações nacionais e internacionais. “Mas o principal diferencial desse produto é a simplificação da cobrança que se resume a uma única tributação. Diferentemente de você fazer várias aplicações, em que teria muitas cobranças”, complementa.

Além do mais, esses certificados surgem como uma oportunidade aos investidores brasileiros que buscam uma entrada simplificada nas Bolsas norte-americanas e segurança contra variação cambial, com exposição em dólar. Afinal, os investidores não têm a necessidade abrir uma conta no exterior e no caso da desvalorização da moeda americana, eles recebem exatamente o que investiram.

Outro ponto a ser ressaltado é que com o investimento em COEs, não há necessidade de controle de aplicação em aplicação, uma vez que, com esses  certificados, os investidores fazem o acompanhamento por único ativo. “É como se fosse um índice em que você verifica todos os seus investimentos por uma única métrica,” relembra Spiess.

“Pense comigo: quando há uma disparada do dólar, o investidor deve correr rapidamente para aproveitar essa alta. Disso ninguém tem dúvidas. Nesse sentido, o que é mais prático: abrir uma conta no exterior ou contar com uma corretora como a Vitreo para investir no COE?”, questiona o analista.

Mercado sólido e maior previsibilidade 

“Os sólidos resultados em períodos anteriores e a maior perspectiva de lucro, ainda neste ano, demonstra que a Bolsa americana segue como uma alternativa de médio a longo prazo aos investidores brasileiros”, pontua Spiess.

Com uma economia estável e pujante, os Estados Unidos são uma alternativa para os investidores que estão diante da alta volatilidade da Bolsa brasileira. A explicação para este comportamento no cenário doméstico, segundo o analista, reside na eleição polarizada e no temor do próximo modelo econômico que será adotado no Brasil. 

“São uma confluência de fatores que dificultam certa previsibilidade entre os investidores no cenário doméstico, ainda que haja boas opções [no Brasil]”, complementa. Com isso, os investimentos dolarizados são uma excelente oportunidade para fugir das incertezas e os COEs são a janela para isso.

Ponto de entrada 

E com os recentes comunicados do Federal Reserve (FED), o mercado tem observado a diminuição do apoio aos estímulos econômicos nos Estados Unidos. A tendência é que o banco central norte-americano elimine os estímulos monetários adotados para mitigar os efeitos da pandemia –, em vista da recuperação nos Estados Unidos.

Para Spiess, esse movimento contracionista da autarquia, não impede que o mercado se apoie em expectativas de alta das bolsas norte-americanas.

“Isso é natural: quando os juros sobem, a bolsa tende a cair no curto prazo. Aí temos um ponto de entrada para os investidores brasileiros que buscam uma janela [oportunidade] de longo prazo – em termos de lucros e previsibilidade – na bolsa norte-americana ”, finaliza.

 

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