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É hora de comprar WEG (WEGE3)? Companhia tem lucro de quase R$ 1 bi no 1T22; acompanhe os detalhes

Os resultados da WEG (WEGE3) vieram acima da expectativa do mercado no balanço do primeiro trimestre de 2022. Veja a análise de Fernando Ferrer

Por Melissa Bumaschny Charchat

03 maio 2022, 17:09 - atualizado em 04 maio 2022, 12:54

Na última quarta-feira (27), a WEG (WEGE3) divulgou o balanço de seus resultados no primeiro trimestre de 2022. Dentre os principais destaques, a empresa registrou um lucro de R$ 943 milhões, uma alta de 23,5% na comparação anual, e receita líquida de R$ 6,8 bilhões.

Em novo vídeo, o analista Fernando Ferrer, responsável pela série as Melhores Ações da Bolsa, explica o que está por trás desses números e qual deve ser a postura do investidor diante dessas ações.

O que é a WEG e qual a sua linha de atuação?

Empresa global de equipamentos eletroeletrônicos, a WEG atua principalmente no setor de bens de capital com soluções em máquinas elétricas, automação e tintas para diversos setores, entre os quais infraestrutura; siderurgia; papel e celulose; petróleo e gás; mineração e outros. 

“Além de atuar em vários setores, ela atua em vários nichos do mesmo setor”, afirma Ferrer. Ou seja, no setor de energia, por exemplo, a empresa atua na distribuição, transmissão e geração de energia.

A companhia possui filiais em 38 países e fábricas em 12, bem como um portfólio diversificado com mais de 1500 linhas de produtos. Anualmente, a WEG produz mais de 19 milhões de motores.

Parte operacional: o que os resultados nos mostram?

Ferrer explica que o resultado da empresa é dividido em 4 partes. A primeira são os equipamentos eletroeletrônicos para o segmento industrial, representando cerca de 46,7% da receita.

Em seguida, a parte de geração, transmissão e distribuição de energia, compondo 40,5% da receita; a parte de motores comerciais e appliance, com 8,5% da receita; e a parcela de tintas e vernizes, que consiste em 4.3% da receita.

O maior destaque foi da segunda maior parcela, que é voltada para energia, com crescimento de 107% no mercado interno em relação ao 1T21.

“Esse destaque deve-se também à lei de fim de isenção para a geração de energia solar a partir de 2023. Com isso, temos visto muitas pessoas físicas e indústrias antecipando compras para ter o benefício completo desse segmento”, explica Ferrer.

O segmento de equipamentos eletroeletrônicos também teve um crescimento importante, de 12% no mercado interno e 34% no mercado externo. 

“Mesmo sendo uma empresa muito grande, de R$ 130 bilhões de valor de mercado, ela conseguiu ter um crescimento significativo de faturamento em relação ao ano passado”, destaca Ferrer.

Olhando para o financeiro

Segundo os resultados divulgados pela empresa, a receita líquida registrada foi de R$ 6,8 bilhões, 34,5% maior do que o 1T21, sendo 49% desse valor referente ao mercado externo e 51% ao mercado interno.“A empresa consegue balancear bem o seu faturamento, não dependendo de apenas uma região geográfica. Essa diversificação geográfica a protege em casos de guerra ou crises”, explica o analista.

Quanto ao Ebitda, o crescimento foi de 21,3% em relação ao mesmo período de 2021, registrando R$ 1,2 bilhão. “O crescimento do Ebitda foi menor do que o da receita por conta do aumento de custo de produção e das margens menores do mix de geração, transmissão e distribuição de energia”.

Por fim, o lucro líquido foi de R$ 943 milhões, indicando também um crescimento de 23,5% em relação ao 1T21.

Diante de tudo isso, o que o investidor deve fazer com essa ação?

O primeiro ponto que Ferrer destaca é monitorar o cenário inflacionário e o reflexo nas commodities, principalmente aço e cobre.

Além disso, ele destaca que é importante acompanhar as demandas do segmento GTD (geração, transmissão e distribuição) no Brasil para os próximos anos, como por exemplo a nova lei relacionada à energia solar.

O analista também comenta sobre o CAGR (taxa de crescimento anual composto) de valorização da empresa, que é de 24,5% desde 2010, contra 4% do Ibovespa. 

“É uma clássica compounder, que cresce em ritmo lento mas que, ao analisar sob uma grande janela temporal, é uma das grandes vencedoras da bolsa brasileira”, fala Ferrer.

Por fim, quanto ao valuation, a WEG negocia 33x seu lucro e 25x o Ebitda esperado para o final do ano. 

“Quando olhamos para a média histórica, ela está abaixo do preço, mesmo negociando a um valor relativamente alto”, conclui Ferrer.

Conheça a série Melhores Ações da Bolsa

Além do vídeo, foi disponibilizado por Ferrer um relatório para a série Melhores Ações da Bolsa, exclusiva para assinantes, com todos os detalhes relacionados aos resultados da WEG.

Para ficar a par de diversos conteúdos relacionados às ações da bolsa e ter acesso a recomendações exclusivas de investimentos, basta clicar aqui e se tornar assinante da série.

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero, é integrante da equipe de conteúdo da Empiricus e já atuou em social media e redação.

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