Eletrobras (ELET6) é ‘menina dos olhos’ dos investidores, mas tudo pode mudar depois das eleições
Depois de 10 anos ‘no vermelho’, será que chegou a hora da elétrica brilhar? Ou o resultado das eleições pode fazê-la retroceder?
A privatização da Eletrobras (ELET6) foi um dos eventos mais aguardados pelo mercado neste ano.
A empresa sofreu com o Regime de Cotas desde 2012, quando concordou em vender energia a preço de custo para o governo em troca da renovação do contrato de algumas hidrelétricas.
O acordo terminou em prejuízo, com a Eletrobras extremamente endividada – operando em 6 vezes dívida líquida sobre Ebitda enquanto outras empresas do setor trabalhavam em um limite de 3 vezes.
Mesmo depois da troca de gestão e do enxugamento do quadro de funcionários, a elétrica ainda tem dificuldade para atingir a eficiência de seus pares.
Mas isso pode ser uma boa notícia, porque significa que ela tem espaço para crescer.
Alguns analistas acreditam que a empresa tem o potencial de captar mais de R$ 100 bilhões, e que boa parte desse dinheiro pode acabar no bolso dos acionistas.
Por outro lado, é possível que o resultado das eleições presidenciais de outubro ofereça risco ao potencial de lucro da companhia.
Ciro Gomes chegou a afirmar que, se eleito, vai reestatizar a Eletrobras.
Lula afirma “não falar em rever privatização”, mas uma declaração recente de seu assessor econômico abre espaço para especulações sobre intervenções futuras.