Pensando em investir na Bolsa? Então, este guia é para você.
Aqui você vai tirar todas as suas dúvidas e vai saber exatamente o que fazer para aumentar o retorno dos seus investimentos.
Dentre as principais aplicações financeiras, a Bolsa foi o investimento que acumulou maior rendimento em 2017, fechando o ano com alta de 26,86%.
Onde estava seu dinheiro quando isso aconteceu? Na poupança, que com a inflação do país em níveis mínimos, teve rendimento nominal de 6,93% ao ano?
Se você tivesse R$ 10 mil para investir e tivesse deixado esse dinheiro na poupança, teria terminado o ano de 2016 com R$ 10.693,00.
Agora, se os mesmos R$ 10 mil tivessem sido aplicados na Bolsa, no final do ano, teriam se transformado em R$ 12.686,00.
Claro que é preciso saber em quais ações aplicar seu dinheiro para que ele renda adequadamente.
Mas o fato é que em 2017 a Bolsa rendeu mais que outras aplicações.
Então, se você ainda quer aproveitar essa boa fase – que acredito estar só começando –, veja quais são os primeiros passos para investir na renda variável.
Boa leitura.
Como Funciona a Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores é um ambiente de negociação de ativos financeiros e, no Brasil, ela responde pelo nome de B3, resultado da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip.
Nela, são negociadas ações de empresas de capital aberto, títulos de renda fixa e títulos públicos, contratos futuros de juros, moedas, commodities agrícolas e outros tipos de derivativos financeiros.
Quem regula as operações realizadas na Bolsa e dita as regras do mercado de valores mobiliários é a CVM ou Comissão de Valores Mobiliários, uma autarquia do governo vinculada ao Ministério da Fazenda.
Todos aqueles que querem comprar ativos financeiros, e em especial ações, devem respeitar as regras da CVM.
Para que a Bolsa existe?
A Bolsa de Valores é um mercado organizado no qual se negociam ativos financeiros entre investidores , garantindo que quem comprou receba o título e quem vendeu receba o dinheiro.
Tudo isso feito de forma eletrônica. Isso mesmo.
Aquela imagem de corretores de valores falando em dois ou três telefones ao mesmo tempo, gritando ordens de compra ou venda dos papéis, é coisa do passado.
A imagem dos corretores de valores gritando ao telefone é coisa do passado.
Algumas pessoas podem até pensar nessa época com um pouco de saudosismo. Mas a brincadeira não era fácil.
Rolava muito tapa, soco e alguns dentes quebrados. Não era nada agradável.
A negociação feita hoje está mais segura, tanto para os corretores quanto para os investidores.
Fazer tudo de maneira digital também trouxe muito mais conforto e autonomia para o investidor, que pode, ele próprio, operar de onde quiser, por meio do home broker da corretora.
Isto é muito importante: para investir na Bolsa, você precisa ter conta aberta em uma corretora de valores.
Aliás, não só para investir na Bolsa. Se quiser aplicar no Tesouro Direto, um investimento de renda fixa, também é preciso ter conta em corretora.
Além do mais, uma boa corretora dá acesso a uma variedade muito maior de produtos de investimentos do que o seu banco, que privilegia os próprios produtos.
Veja a seguir como escolher uma corretora.
Como Escolher uma Corretora para Investir na Bolsa
Primeiro é importante saber que não existe A MELHOR corretora. Existe aquela com qual você se identifica mais e encontra os produtos financeiros que deseja.
Sabido isso, vamos listar alguns pontos chaves na escolha de uma corretora de valores.
E já que você vai usá-la não apenas para comprar ações, mas também para aplicar em outros tipos de investimentos, analise todos os itens abaixo com cuidado.
- Taxas de corretagem e custódia para ordens na bolsa de valores: toda vez que comprar ou vender uma ação, você pagará taxa de corretagem, que pode variar de R$ 2,90 a R$ 20,00 por lote padrão (o lote padrão equivale a 100 ações de uma determinada empresa). A taxa de custódia é o valor mensal cobrado para armazenar seus títulos ou ações. Pode sair de graça ou custar R$ 30,63 por mês dependendo da corretora.
- Taxas para aplicação no Tesouro Direto: muitas corretoras não cobram nada além da taxa de custódia da própria Bolsa, que é de 0,3% ao ano.
- Interface do home broker: vai ser por ele que você dará as ordens de compra e venda das ações, então é importante que o sistema seja intuitivo, fácil e tenha uma boa versão para aplicativo para celular e tablet.
- Portfólio de produtos de investimento: corretoras independentes apresentam um leque de opções muito maior do que as vinculadas aos bancos. Muitas delas permitem que você verifique os investimentos disponíveis em seu site.
- Assistência ao cliente: principalmente no início, você pode ter muitas dúvidas sobre como usar todos os recursos da corretora. Um bom atendimento ao cliente pode fazer toda a diferença.
- Selos de qualificação: selos como Retail Broker ou Execution Broker, da BM&FBovespa, atestam a qualidade do serviço prestado.
Se seu principal foco é mesmo compra e venda de ações, e pretende operar com frequência, observe principalmente os fatores ligados às taxas de corretagem e usabilidade do home broker.
Estima-se que há cerca de 85 corretoras habilitadas no Brasil para operar na Bolsa. Então, não vai ser por falta de opção que você não vai investir.
Na Empiricus, sugerimos que nossos clientes abram conta em corretora independente, pois elas se mostram muito mais vantajosas nos quesitos apresentados acima.
Mas, como falamos no início desse capítulo, não existe a melhor corretora e, sim, aquela com a qual você mais se identifica.
No site da CVM, você encontra o Boletim de Atendimento ao Público, que traz um ranking das corretoras que são alvo de mais reclamações e o motivo do descontentamento dos consumidores.
Além disso, a própria B3 possui um braço de autorregulação responsável por fiscalizar e supervisionar os participantes do mercado e a própria Bolsa. O nome dessa área é BM&FBovespa Supervisão de Mercados ou simplesmente BSM. Ela inclusive tem um mecanismo para garantir indenizações caso você seja lesado por sua corretora.
Essas informações podem ajudar na hora de tomar a decisão final.
Uma vez escolhida a corretora, basta abrir a conta, que não terá custo algum.
Para abrir conta na corretora, você vai precisar basicamente dos documentos de identificação e de comprovante de residência. Algumas casas podem exigir mais ou menos informações nesse momento.
O que todas vão pedir para você preencher é a API, um formulário de análise do perfil do investidor, do inglês Application Programming Interface, também conhecido como suitability no mercado externo.
A API faz parte das boas práticas do mercado e busca identificar a afinidade do investidor com os diferentes ativos financeiros.
Vamos falar mais sobre o formulário no próximo capítulo.
Qual seu Perfil de Investidor?
A API, como mencionamos anteriormente, vai traçar o seu perfil de investimento e, em alguns casos, a partir desse perfil, bancos ou corretoras já oferecerão produtos pertinentes ao perfil identificado.
Talvez você não concorde com o resultado do seu teste. E tudo bem. Você como investidor pode aplicar seu dinheiro onde desejar.
Entretanto, quando der ordem de compra para algo muito diferente do seu perfil, pode ser que o gerente da sua conta (seja do banco ou da corretora independente) entre em contato para confirmar a operação.
De maneira geral, o mercado considera três grandes tipos de perfis de investidor, de acordo com a aversão ao risco: conservador, moderado e arrojado.
Mas ninguém é 100% um ou outro, fique tranquilo, você pode ter um pouco de cada e a predominância de um deles.
Conservador
Para preservar ao máximo seu patrimônio, esse investidor não tolera muitos riscos. Os iniciantes, via de regra, são classificados como conservadores.
O Tesouro Direto, os Fundos DI e as Letras de Crédito (Imobiliário e do Agronegócio) estão entre os investimentos que são considerados conservadores.
Moderado
O perfil moderado se manifesta quando o investidor quer negociar com segurança, mas busca um resultado acima da média de mercado. Para isso, é preciso ter um conhecimento mais amplo sobre o mercado de investimentos do que um iniciante teria.
Nesse caso, o investidor assume um risco um pouco maior. Geralmente, ele mescla diversos tipos de ativos em sua carteira.
Arrojado
O arrojado é um investidor com excelente conhecimento de mercado, de suas movimentações e de como certas ações podem oscilar ao longo do tempo.
Por conta disso, assume um risco maior na busca por um resultado mais rápido.
O Que Você Precisa Saber Antes de Investir na Bolsa
Até aqui, você já sabe que as operações na Bolsa são feitas de forma digital, que é preciso ter conta em corretora para negociar as ações e que é preciso preencher a API para identificar seu perfil de investidor.
E agora, é só investir? Calma. Ainda há algumas informações que você precisa saber antes de aplicar na Bolsa.
Muitos investidores se sentem atraídos pelo potencial de ganho da renda variável e se atiram na Bolsa de Valores sem antes buscar informações de qualidade sobre o tema.
Você precisa saber o quanto antes que a Bolsa não é aposta nem é a solução mágica que vai multiplicar seu dinheiro da noite para o dia.
Para ter bons rendimentos, é preciso ter planejamento e jamais comprometer sua reserva de emergência com o mercado de ações, pois você pode acabar perdendo dinheiro.
Por isso é sempre importante estudar o mercado e buscar informações de qualidade que te ajudem a tomar as melhores decisões de investimento. Caso contrário, você pode acabar colocando em risco em seu patrimônio.
Outro ponto para memorizar: retorno passado não é garantia de retorno futuro. Não é porque o mercado de ações rendeu muito no passado, que isso acontecerá novamente.
Aliás, isso serve para qualquer tipo de investimento.
É possível ficar rico investindo em ações? Sim.
Isso acontece da noite para o dia? Não.
A maioria das pessoas que fez fortuna com ações investiu com foco no longo prazo. Então, paciência, estudo e sangue frio.
Isso mesmo, você vai precisar estudar o mínimo sobre o mercado. Assim, terá um olhar crítico para saber se uma ou outra indicação realmente faz sentido para seus objetivos de investimentos.
Sangue frio, porque, como o nome diz, a renda é variável. E pode oscilar muito. Resgatar o dinheiro no momento errado poderá gerar perdas.
Verdades Que Nunca Te Contaram Sobre a Bolsa de Valores
Veja a seguir algumas verdades que você precisa levar em conta ao aplicar na bolsa de valores:
- Ficar rico com a bolsa não é tarefa para amadores, não é obra do acaso e não acontece da noite para o dia.
- Opções e instrumentos de hedge podem e devem ser usadas por investidores iniciantes, desde que estes contem com a orientação adequada para aproveitar o melhor dessas ferramentas.
- Para obter bons retornos no longo prazo, você precisa procurar as assimetrias convidativas entre perdas (pequenas) e ganhos (grandes). Ou seja, você precisa fazer operações que, no pior cenário, percam pouco, e no melhor cenário, rendam muito.
- Ganhos passados não são garantia de ganhos futuros.
5 Principais Erros (Para Evitar) ao Começar a Investir
Uma boa forma de começar a investir na Bolsa de Valores é aprendendo o que não fazer.
Veja abaixo quais são os principais erros do investidor iniciante e fuja deles:
- Sonhar com dinheiro fácil do dia para a noite
- Abrir mão de ter um colchão de liquidez (reserva de emergência), que serve de proteção em eventos extraordinários
- Buscar informações apenas em grandes jornais e achar que está à frente dos demais investidores
- Esquecer que ganhos passados não são garantia de ganhos futuros
- Aplicar no curto prazo, ficar nervoso com a volatilidade e vender ao primeiro sinal de flutuação negativa.
História da Bolsa de Valores no Brasil e no Mundo
Havia embriões da Bolsa de valores já na antiguidade. Sua origem está nos tradicionais mercados de rua, onde as transações eram realizadas ao vivo.
No entanto, a primeira bolsa oficial foi fundada em 1531, na Antuérpia da Bélgica. O nome “bolsa” foi inspirado na família belga Van der Buerse, reconhecida pelo sucesso mercantil, e cujo brasão de armas mostrava três bolsas de pele.
Embora a B3 (antiga BM&FBovespa) seja atualmente a plataforma que regula todas as transações no Brasil, foi no Rio de Janeiro que surgiu a primeira bolsa de valores do país, no ano de 1876, quando foi decretada a cotação de títulos em um pregão.
Na época, as terras cariocas sediavam o Distrito Federal, e as primeiras negociações só podiam ser realizadas nesta área.
A atividade de negociar ações no Brasil está diretamente associada ao surgimento dos banqueiros e corretores de crédito no país, na segunda metade do século 20.
Não muito tempo depois, em 1890, foi fundada a Bolsa Livre, que é considerada por muitos como o primeiro passo para a fundação da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
No entanto, suas atividades duraram apenas um ano, quando foram encerradas devido a uma crise financeira.
Quatro anos depois, em 1895, a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo iniciou suas atividades, mudando de nome em 1934, quando passou a ser chamada de Bolsa Oficial de Valores de São Paulo.
Mas essa renomada instituição não reinava sozinha, a exemplo do que ocorre atualmente. Na década de 1960, o Brasil contava com 27 bolsas de valores – uma em cada estado do país, e todas elas vinculadas às secretarias estaduais de Fazenda.
Porém, na metade da década, o sistema das bolsas apresentou mudanças profundas em sua estrutura. Essas plataformas de negociação passaram a ser sociedades civis, sem fins lucrativos, e surgiram também as empresas corretoras de investimento.
No final deste período, em 1967, a entidade paulista modificou seu nome para Bolsa de Valores de São Paulo.
As Principais Bolsas de Valores do Mundo
Conheça algumas das principais bolsas do planeta:
NYSE
A Bolsa de Valores de Nova Iorque – New York Stock Exchange (NYSE) – é nada menos que a principal bolsa do mundo.
Em 2007, por meio de uma fusão com a Euronext (uma plataforma eletrônica de operações europeia), formou-se a NYSE Euronext.
As mais importantes empresas dos Estados Unidos são negociadas no pregão da NYSE. A bolsa de valores americana está localizada em Wall Street – o principal centro financeiro do planeta.
B3
A B3 é o principal mercado de negociação de ações de empresas de capital aberto do Brasil.
Mas a sua importância não se restringe apenas ao mercado brasileiro. Trata-se da maior bolsa da América Latina e também uma das maiores em âmbito mundial.
A B3 é resultado da fusão da BM&FBovespa com a Cetip, no ano de 2017, o que colocou a Bolsa brasileira na posição de 5a maior do mundo.
Nasdaq
A National Association of Securities Dealers Automated Quotations (Nasdaq) é a segunda maior bolsa de valores do mundo (em termos de valor de mercado), atrás apenas da NYSE.
Ela pertence ao conglomerado NASDAQ OMX Group, que também controla oito bolsas de valores localizadas nos países europeus. A Nasdaq reúne, principalmente, empresas que produzem alta tecnologia.
Bolsa de Valores de Londres
Com 2,5 mil companhias de quase 70 diferentes países, a Bolsa de Valores de Londres é considerada a bolsa “mais internacional” do mundo.
Além de ser o mercado financeiro mais importante da Europa, é também um dos maiores do planeta.
O Que São Ações?
Ações são papéis que representam pequenas partes de uma empresa. Uma ação é a menor parcela do capital social de uma companhia.
Quando uma empresa tem ações listadas na Bolsa, ela é classificada com uma companhia de capital aberto, também chamada de sociedade anônima ou S/A.
Seus papéis são negociados livremente entre os investidores que desejam comprar ou vender o ativo.
Ao comprar a ação de uma empresa, você se torna sócio dela.
Mas por que uma empresa iria querer você como sócio?
Porque ela precisa de capital.
A abertura de capital é uma forma de a empresa buscar investimentos, dinheiro para financiar seus projetos, sejam eles de expansão, de lançamentos de novos produtos, etc.
Então, ela prepara um prospecto, um documento completo com os detalhes da oferta de ações, e faz a Oferta Pública inicial ou IPO (Initial Public Offering).
Agora, toda vez que você vir uma notícia de que uma companhia vai fazer o IPO, já sabe que ela estará ofertando ações no mercado de capitais pela primeira vez.
Se a empresa já tem capital aberto, ela pode fazer novas ofertas de ações, denominadas subsequentes ou Follow-on.
Tipos de ações
Existem dois grandes grupos de ações: das ordinárias e das preferenciais.
As ações ordinárias (ON) concedem direito a voto nas assembleias da empresa, ainda que, na maior parte dos casos, não garantam poder de veto. Se sua ideia é ser um sócio realmente ativo nas decisões da companhia, quanto mais ações ON você tiver, maior será seu poder de influência.
Já as ações preferenciais (PN) são aquelas que oferecem preferência na distribuição dos resultados (dividendos). No Brasil, por lei, as empresas de capital aberto devem distribuir pelo menos 25% do lucro aos acionistas. As ações PN também dão preferência no reembolso do capital caso a empresa seja liquidada.
As empresas ainda podem emitir as chamadas units, que são uma espécie de “pacote” de classes de ativos, comprado e/ou vendido no mercado como uma unidade.
As units podem ser compostas por ações ordinárias, preferenciais e BDRs, igualmente negociados na Bolsa.
Seu ticker é identificado pelo número 11. Por exemplo, SANB11 corresponde às units do banco Santander; KLBN11, às units da Klabin.
Falaremos mais sobre os códigos dos ativos a seguir.
Principais Tickers e Papéis da Bolsa de Valores Brasileira
Você já ouviu falar em Ticker? Ele está entre os diversos jargões do mundo dos investimentos.
Trata-se, antes de mais nada, de código de determinado ativo. É como se fosse o “nome” da ação de uma empresa.
O Ticker é formado por quatro letras e um número (esse, por sua vez, representa o tipo de ação negociada).
Para decifrar um Ticker, basta saber que o número 3 indica as ações ordinárias, enquanto 4, 5 e 6 apontam para ações preferenciais de acordo com suas classes.
Já o 11 é usado para designar as units.
Ao se deparar com o Ticker VALE3, por exemplo, o investidor entende que se trata de ações ordinárias da empresa Vale.
Para se ter uma ideia do mercado brasileiro atual, no mês de julho, as maiores altas foram as das empresas JBS (JBSS3), Rumo (RAIL3) e Localiza (RENT3).
Já as ações mais negociadas foram da Vale (VALE5), Petrobras (PETR5) e Bradesco(BBCD4).
Como Funcionam as Cotações do Mercado?
No que se refere às transações de âmbito nacional, cabe à BM&FBovespa disponibilizar todas as cotações.
São diversos os tipos de informações úteis aos investidores. As mais procuradas, contudo, são os preços dos ativos e a variação.
Para obter informações mais detalhadas, os investidores costumam buscar o chamado “último”, que é a última cotação do dia, ou seja, o preço final de um ativo – uma vez que a cotação pode variar muito ao longo do dia, tendo seu valor estabelecido no fechamento da Bolsa, entre 17h e 18h.
Com os dados do “último”, também é bastante comum procurar a variação das ações – outra informação importante.
A ideia, nesse caso, é comparar a cotação atual com o valor de fechamento do dia anterior, por exemplo, para avaliar se o ativo está em alta ou em baixa.
Em resumo, as cotações ajudam o investidor a acompanhar a evolução de seu investimento dia após dia.
Como Funciona o Índice Bovespa
O Ibovespa é o indicar do desempenho médio das ações mais negociadas na Bolsa.
O Índice Bovespa (mais conhecido como Ibovespa) é resultado de uma carteira teórica de ativos e seu objetivo é ser o indicador do desempenho médio das cotações das ações mais negociadas na BM&FBovespa.
Para o investidor iniciante, vale mencionar o BOVA 11, um fundo de índice (mais conhecido pela sigla em inglês ETF), que replica o Ibovespa e permite a aplicação indireta nas empresas que compõem o índice. Trata-se de uma maneira mais acessível de diversificar seu investimento em ações.
Outros Índices de Negociação da Bolsa de Valores
É importante para o investidor conhecer outros índices de negociação da Bolsa além do Ibovespa. No site da BM&FBovespa, é possível descobrir muitos deles. Damos a seguir uma amostra dos principais.
Confira:
Índices Amplos
Demonstram o desempenho dos ativos de forma ampla, incluindo empresas de muitos tipos e tamanhos diferentes. Entre eles, está o Ibovespa, além de IBrX 100 e IBrX 50.
Índices Setoriais
Como o próprio nome sugere, trata-se de índices específicos de diversos setores da economia, como o IMOB (setor imobiliário), IFNC (financeiro), UTIL (utilidade pública), ICON (consumo), IEE (energia elétrica), IMAT (materiais básicos) e INDX (industrial).
Índices de Governança
Listam as empresas por critério de governança, portanto, de transparência com aos seus acionistas.
Índices de Segmento
Demonstram o tamanho de capitalização das empresas.
Mas esses índices não são os únicos existentes na bolsa de valores.
Há também aqueles que medem a sustentabilidade empresarial, o desempenho das commodities, da renda fixa, das empresas privadas sem participação do Estado, os smart betas e os mercados futuros.
Investindo na Bolsa pela Internet
Como você já viu neste guia, o meio mais acessível para investir na Bolsa de Valores se dá via internet, pelo chamado Home Broker.
Para iniciar as operações, é muito simples.
O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora de investimentos.
O segundo é transferir a renda disponível para essa conta, por meio de um TED de sua conta do banco.
A partir daí, o investidor pode começar a operar a compra e a venda de ações por meio de seu computador pessoal ou dispositivo móvel.
Antes de começar a comprar ações, porém, vale a pena investir na sua formação como investidor.
Um dos melhores caminhos para isso é assinar uma das séries da Empiricus, como As Melhores Ações da Bolsa, Vacas Leiteiras ou Palavra do Estrategista, que oferecem insights sobre a renda variável que se traduzem em indicações precisas e objetivas de compra e venda e lições que vão formar e lapidar, aos poucos, seu perfil de investimento.
O Que É e Como Funciona o Home Broker?
Pelo home broker, você compra e vende suas ações.
O Home Broker é o ambiente virtual de negócios disponibilizado pela corretora.
Esse sistema veio para substituir a operação tradicional do pregão, que era realizada, até perto do ano 2000, por diversos operadores.
Quem nunca viu na TV aquela imagem de pessoas fazendo as cotações em um ritmo frenético, penduradas ao telefone e acompanhando diversos números ao mesmo tempo? Essa era realidade até o final do século passado.
Atualmente, o investidor é o seu próprio operador e pode negociar ações e uma diversidade de ativos e derivativos via home broker.
Para começar a operar, basta abrir conta em uma corretora e depositar o valor disponível para investimento.
Cada home broker tem suas peculiaridades, mas todos apresentam as cotações em tempo real, a sua carteira de ações, o menu para compra e venda, entre outros.
Horário de Negociação na Bovespa
Conforme o site da BM&FBovespa, basicamente, todas as operações envolvendo ações têm início às 10h, e o fechamento da bolsa ocorre às 17h (atenção ao horário de verão, nesse período a hora de abertura e fechamento sobre alteração).
Há também o chamado “after market”, que ocorre entre as 17h e 18h.
No entanto, ao longo do dia, há horários restritos para operações específicas. Confira alguns deles:
- O cancelamento das ofertas ocorre das 9h30 às 9h45.
- Já a pré-abertura acontece entre 9h45 e 10h.
- As negociações ocorrem das 10 horas às 16h55.
- Já nos cinco minutos que antecedem às 17 horas é realizada a chamada para o fechamento.
- No “after market”, há um período para cancelamento das ofertas, das 17h25 às 17h30 e, por fim, ocorre a negociação, que vai até as 18h.
Quais os Custos Para Aplicar na Bolsa de Valores?
É importante que o investidor saiba que não há um valor único de custos de aplicaçōes na Bolsa de Valores, assim como o valor mínimo varia conforme o ativo selecionado.
No entanto, além do valor das ações ou dos títulos negociados, há taxas a serem pagas como à B3 e à sua corretora de valores.
O custo mais óbvio e importante é o das ordens de compra e venda. Cada uma delas tem uma taxa, que varia conforme a corretora, de R$ 2,90 a R$ 20,00. Normalmente, grandes bancos cobram taxas maiores.
Além desse valor por transação, há a custódia, que é cobrada em alguns casos pelas corretoras, os emolumentos, cobrados pela Bovespa, e o Imposto de Renda (no caso de ações, 20% para operação fechada no mesmo dia e 15% para operações normais, com isenção para venda de até R$ 20 mil).
Vale a Pena Investir na Bolsa com Pouco Dinheiro?
Muita gente se pergunta qual é o momento ideal para investir na bolsa de valores. A resposta é: “agora”.
No mínimo, este é o momento ideal para você traçar o seu planejamento estratégico de investimento de longo prazo, que vai contar, cedo ou tarde, com a renda variável.
Na verdade, o que você precisa fazer agora é aceitar o fato de que a bolsa de valores pode ser uma aliada importante.
Mas, para isso, você precisa dar alguns passos importantes.
Criar o seu colchão de liquidez, como já adiantamos em tópicos anteriores, é uma medida essencial. Essa cesta de aplicações de fácil resgate vai protegê-lo em cenários adversos e imprevisíveis.
Aí então, você pode destinar uma parcela de seu portfólio a renda variável.
Na Empiricus, sugerimos que você comprometa de 7% a 10% do total do seu patrimônio com a renda variável, assim, não colocará em risco sua segurança financeira.
Não há um valor mínimo ideal para aplicar na Bolsa, mas ele deve ser elevado o suficiente para seu lucro não ser corroído pelas taxas de corretagem, custódia e emolumentos.
Mesmo com pouco dinheiro (digamos, R$ 1.000,00), você já pode aplicar em BOVA11, um fundo de índice (ETF) que replica o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa.
Essa é uma forma de investir nas principais ações da Bolsa sem pagar pela taxa de corretagem de cada compra dos papéis nem despender de altos valores para adquirir lotes de cada um deles.
Como Montar uma Estratégia Para Investir na Bolsa de Valores?
Primeiro, é importante conhecer os dois tipos de análises de ações:
- A análise fundamentalista: que investiga a saúde operacional e financeira da empresa para mensurar sua capacidade de gerar retorno ao longo do tempo
- A análise técnica: que tenta prever tendências do papel com base no comportamento histórico da ação.
Nessa hora, é preciso lembrar de uma premissa bem básica: se você comprar uma ação, vai virar sócio da empresa.
Então, de qual empresa você gostaria de virar sócio?
Para responder a essa pergunta, é bom ficar atento a estes pontos:
- O que a empresa faz: você não viraria sócio de algo que não entende, certo?
- Variáveis que a afetam: qual é a complexidade das variáveis econômicas que devem ser levadas em conta.
- Conjuntura atual: como a economia favorece ou desfavorece aquela empresa hoje?
- Quais são os últimos resultados da empresa: diante da análise que você fez até agora, como a companhia está atuando? Quais foram os últimos balanços divulgados?
- Preço está caro ou barato: a chave é encontrar algo barato e depois vender caro.
- Barato que merece ser barato: depois de tudo isso, você ainda precisa lembrar que algumas empresas que naufragam na bolsa não vão voltar para a superfície.
Veja só como existem fatores importantes nessa equação de escolha das ações. Para não ficar perdido nesses primeiros movimentos, nunca é demais lembrar que é importante investir em conhecimento.
Na Empiricus você encontrará relatórios com análises consistentes para te ajudar na escolha dos ativos que vão compor sua carteira. Também indicamos as ações que acreditamos ter o maior potencial de valorização.
Temos casos de sucesso em diversos relatórios. Em especial, uma ação sugerida por nossos editores que teve uma valorização de 700%.
Onde Obter Informações Para Investir na Bolsa
No item anterior, explicamos o que você precisa analisar para tomar a decisão de compra de um determinado papel.
É indispensável acompanhar a trajetória da companhia com todas as fontes de informação disponíveis: jornais, sites especializados do setor da empresa, página de relação com investidores da própria companhia, relatório de balanço…tudo o que estiver à sua mão.
Mas só isso não basta.
O que já estiver publicado é passado e senso comum. Não será isso o que realmente fará você ganhar mais dinheiro com determinada ação.
Para ter sucesso no investimento em ações é preciso ter acesso a informações de qualidade.
Estudo bem-feitos e independentes, sugestões certeiras farão toda a diferença na multiplicação do seu patrimônio.
Aliado a isso, há mais um fator muito importante: o momento certo da compra e o momento certo da venda.
Investir em ações não se trata de prever o futuro. Não sabemos o que acontecerá no mercado amanhã ou daqui a alguns anos. Mas também não se trata de uma aposta às cegas.
Na Empiricus, sabemos que boas empresas e boas ações são coisas completamente diferentes e que é muito mais fácil comprar ações quando elas estão extremamente baratas.
Por isso, não abrimos mão de dois quesitos fundamentais na hora de sugerir o investimento em ações:
1 – Ações baratas: seguindo a filosofia de Warren Buffett (o maior investidor de todos os tempos), escolhemos os papéis que consideramos boas barganhas da Bolsa no momento.
2 – Ações com enorme potencial: escolhemos papéis com muita possibilidade de valorização. Em geral, essas ações não estão entre as mais populares da Bovespa, mas apresentam o maior potencial de ganho para o investidor.
Este é o trabalho executado continuamente por nossos editores, com total isenção e independência.
No relatório As Melhores Ações da Bolsa, você poderá conhecer melhor esse trabalho e terá acesso às ideias e sugestões de João Piccioni e Max Bohm.
Dessa forma, você se sentirá muito mais seguro para investir ações.
Conclusão
Com esse guia completo sobre Como Investir na Bolsa, você tem em mãos todos os detalhes para dar o primeiro passo.
Bolsa não é aposta e aplicar no mercado de ações não se trata de prever o futuro.
Agora, você já sabe:
- Como escolher uma corretora
- O que é o home broker
- Horários de funcionamento da Bolsa
- Identificação dos tickers e tipos de ações
- Como montar uma estratégia de investimentos
E o mais importante: onde buscar informação de qualidade para investir com segurança e potencializar a multiplicação do seu patrimônio.
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